domingo, 25 de maio de 2014

Perséfone

Perséfone
    Na mitologia grega, Perséfone é a deusa das ervas, flores, frutos e perfumes. É filha de Zeus e Deméter , deusa da agricultura, estações e feminilidade; tendo nascido após o casamento de seu pai com Métis e antes do casamento com Hera. Criada no Olímpo, lar da nobreza divina, Perséfone foi seqüestrada por seu tio Hades, mudando-se para o mundo inferior. Socorrida por seu meio-irmão Hermes, Perséfone passou a morar metade do ano no Olímpo nas estações (primavera e verão) e outra no mundo dos mortos nas estações (outono e inverno).
Os deuses, Hermes, Ares, Apolo e Dioniso todos cortejaram-na. Deméter rejeitou todos os seus dons e escondeu a filha longe da companhia dos deuses.“ Todos os que habitavam em Olimpo foram enfeitiçados por esta menina (Perséfone), rivais no amor a menina casar, e Hermes ofereceu seus dotes para uma noiva. E ele ofereceu a sua vara como dom para decorar seu quarto (como preço da noiva para a mão dela em casamento, mas todas as ofertas foram recusadas por sua mãe Deméter)".


    Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a atenção do deus Hades que a pediu em casamento. Zeus, sem sequer consultar Deméter, aquiesceu ao pedido de seu irmão. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a enquanto ela colhia flores com as ninfas, entre elas Leucipe e Ciana, ou segundo os hinos Homeroicos, a deusa estava também junto de suas irmãs Atena e Ártemis. Hades levou-a para seus domínios (o mundo subterrâneo), desposando-a e fazendo dela sua rainha.

   Sua mãe, ficando inconsolável, acabou por se descuidar de suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Perséfone recusou-se a ingerir qualquer alimento e começou a definhar. Ninguém queria lhe contar o que havia acontecido com sua filha, mas Deméter depois de muito procurar finalmente descobriu através de Hécate e Hélio que a jovem deusa havia sido levada para o mundo dos mortos, e junto com Hermes, foi buscá-la no reino de Hades (ou segundo outras fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a sua filha). Como entretanto Perséfone tinha comido algo (uma semente de romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades. Assim, estabeleceu-se um acordo, ela passaria metade do ano junto a seus pais, quando seria Koré, a eterna adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a sombria Perséfone. Este mito justifica o ciclo anual das colheitas.

     Perséfone é descrita como uma mulher de olhos escuros por Opiano, possuidora de uma beleza estonteante, pela qual muitos homens se apaixonaram, entre eles, Pírito e Adônis. Perséfone não foi amante de Adônis mas se "apaixonou" por ele quando ainda era um bebê (como essese deuses são pedófilos), pois Afrodite pediu para ela cuidar dele e ela não queria devolver mais. Afrodite se torna rival dela, quer ficar com o menino o tempo todo e depois, quando ele já está adolescente, torna-se amante de Afrodite.

    Hades e Perséfone tinham uma relação calma e amorosa. As brigas eram raras, com exceção de quando Hades se sentiu atraído por uma ninfa chamada Menthe, e Perséfone, tomada de ciúmes, transformou a ninfa numa planta, destinada a vegetar nas entradas das cavernas, ou, em outra versão, na porta de entrada do reino dos mortos.
  Persefone interferia nas decisões de Hades, sempre intercedendo a favor dos heróis e mortais, e sempre estava disposta a receber e atender os mortais que visitavam o reino dos mortos à procura de ajuda. Apesar disso, os gregos a temiam e, salvo exceções, no dia a dia evitavam falar seu nome (Perséfone) chamando-a de Hera infernal.

   Entre muitos rituais atribuídos à entidade, cita-se que ninguém poderia morrer sem que a rainha do mundo dos mortos lhe cortasse o fio de cabelo que o ligava à vida. O culto de Perséfone foi muito desenvolvido na Sicília, ela presidia aos funerais. Os amigos ou parentes do morto cortavam os cabelos e os jogavam numa fogueira em honra à deusa infernal. A ela, eram imolados cães, e os gregos acreditavam que Perséfone fazia reencontrar objetos perdidos.


    Nos cultos órficos, Dionisio era também amante de Persefone, o deus passava intervalos de tempo na casa da rainha dos mortos, e junto com ela era cultuado nos mistérios orficos como símbolo do renascimento. Conta-se, ainda, que Zeus, o pai da Perséfone, teve amor com a própria filha (esse velho é um safado desgraçado mesmo), sob a forma de uma serpente. Preciosas informações retiradas de antigos textos gregos, citam que Perséfone teve um filho e uma filha com Zeus: Sabázio e Melinoe era de uma habilidade notável, e foi quem coseu Baco na coxa de seu pai. Com Heracles, (Algumas versões citam Zeus ou até mesmo Hades) teve Zagreus, que seria a primeira reencarnação de Dionisio . Perséfone, com Hades, é mãe de Macária, deusa de boa morte.


    Apesar de Perséfone ter vários irmãos por parte de seu pai Zeus, tais como Ares, Hermes, Dionísio, Atena, Hebe, Apolo, entre outros, por parte de sua mãe Deméter, tinha um irmão, Pluto, um deus secundário que presidia às riquezas. É um deus pouco conhecido, e muito confundido como Plutão, o deus romano que corresponde a Hades. Tinha também como irmã e irmão, filhos de sua mãe, uma deusa chamada Despina e um eqüino chamado Árion. Despina foi abandonada pela mãe de ambas ao nascer. Por isso ela tinha inveja da deusa do mundo dos mortos, até porque Demeter se excedia em atenções para a rainha. Em resposta, a filha rejeitada destruia tudo que Perséfone e sua mãe amavam, o que resultaria no inverno.

Despina


   A rainha é representada ao lado de seu marido, num trono de ébano, segurando um facho com fumos negros. A papoula foi-lhe dedicada por ter servido de lenitivo à sua mãe na ocasião de seu rapto. O narciso também lhe é dedicado, pois estava colhendo esta flor quando foi surpreendida e raptada por Hades. A ela também eram associadas as serpentes.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Deusa Maeve

Maeve foi uma rainha irlandesa celta, freqüentemente cultuada como deusa por ter exercido poder e fascínio entre seus súditos na sua época. Seu nome significa "Mulher ébria" ou "rainha-loba". Reinou sobre Connacht, e pertenceu ao Ciclo de Uster. Deusa da guerra, participou efetivamente de vários combates, pois as mulheres nesta época e nesta cultura, não eram vistas como frágeis ou incapazes e lutavam bravamente. Tinham o poder de escolha de seus maridos com seus respectivos dotes, além disso, optavam pelo divórcio se estivessem insatisfeitas ou infelizes. Este período foi anterior a disseminação da idéia de um Deus monista relacionado a ascensão do patriarcado, portanto, até então as mulheres exerciam outro papel dentro desta sociedade.

Foi também um símbolo de sexualidade plena e exuberante, assim como a Vênus na cultura romana, ou Afrodite na Grega. Maeve tinha o poder de escolher seus parceiros. Sua relação com a sexualidade nada tinha a ver com promiscuidade, ao contrário disso, era saudável e magnética. Nessa época não era difundido o conceito de pecado cristão, o corpo e o prazer eram vivenciados sem malícia, venerados e respeitados dentro daquela cultura.

Maeve, segundo a lenda, era uma das cinco filhas de Eochardh Feidhleach, rei de Connacht, uma mulher muito bela e forte, dotada de uma mente brilhante, estrategista hábil, talhada para enfrentar todo o tipo de batalhas. Era muito segura de sua feminilidade e sexualidade. Diziam que possuía um apetite sexual voraz, mas é um erro vê-la como inconveniente e lasciva que utilizava a satisfação sexual com a finalidade de ganho egoístico. Ela ofertava aos seus consortes uma taça de vinho vermelho como seu sangue. O vinho de Meave representava o sangue menstrual que era considerado como "o vinho da sabedoria das mulheres".
O Festival Pagão de Mabon era comemorado em sua honra. Durante estas festividades, aqueles que almejassem ser rei, aguardavam que Meave os convidasse à beber de seu vinho. Isto assegurava de que o homem para ser rei, necessitava ser versado no feminismo e nos mistérios das mulheres.Maeve foi considerada a Deusa da guerra similar a Morrigan, fez que seus guerreiros experimentassem as dores do parto de uma mulher.

O primeiro marido de Maeve, foi justamente o seu rival mais constante, o rei Conchobor Mac Nessa. Maeve foi-lhe dada em casamento como compensação pela morte de seu pai, mas para provar sua independência, ela o abandona. Conchobor, insatisfeito, encontra Maeve banhando-se no rio Boyne e a estupra. Em decorrência do fato, os reis da Irlanda se unem para vingar o ultraje. Nesta batalha, perde a vida Tinne, o então marido de Maeve.
A rainha de Connacht está sem rei, e por isso os nobres se reúnem e indicam Eochaid Dala para ser seu novo marido. Ela consente, desde que o marido não seja nem ciumento, nem covarde, nem avarento.
Certo dia, Maeve adota um garoto, o qual passa a integrar sua corte. Com o tempo o tal garoto cresce, tornar-se um hábil guerreiro e obviamente, torna-se seu amante. Eochaid não aceita bem a situação, assim como os nobres de Connacht, que tentam expulsar o rapaz da corte. Maeve consegue impedir e o jovem desafia o rei para um combate. Por ser um grande guerreiro, acabou matando o rei e assumindo o trono ao lado de Maeve.

Deusa Atena

Atena era a deusa grega da sabedoria e das artes. Os romanos a chamavam de Minerva. Foi concebida da união de Zeus e da deusa Métis. Era uma deusa virgem, linda guerreira protetora de seus heróis escolhidos e também de sua cidade Atenas.
 Atena era a filha predileta de Zeus, porém quando Métis ficou grávida, Zeus engoliu a esposa com medo de sua filha nascer mais poderosa que ele e lhe tirar o trono, mas para que isso acontecesse convenceu Métis a participar de uma brincadeira divina, onde cada um se transformava em um animal diferente e Métis pouco prudente acabou se transformando em uma mosca, e Zeus a engoliu. Métis foi para a cabeça de Zeus. Mas com o passar dos anos, Zeus sentiu uma forte dor de cabeça e pediu para que Hefesto lhe desse uma machadada, foi então que Atena já adulta saltou de dentro do cérebro de seu pai, já com armadura, elmo e escudo.
Atena leva uma lança em sua mão, mas que não significa guerra e sim uma estratégia de vencer, também foi a inventora do freio, sendo a primeira que amansou os cavalos para que os homens conseguissem domá-los. A cidade Atenas era sua preferida já que levou seu nome e onde também se fazia cultos em sua homenagem.
Atena e Poseidon, seu tio, chegaram a disputar o padroado de uma cidade importante, para isso estabeleceram um concurso: quem desse o melhor presente à cidade ganharia a disputa. Poseidon bateu com seu tridente e fez jorrar água do mar e também fez aparecer um cavalo. Já Atena além de domar o cavalo e torna-lo um animal doméstico, também deu como presente uma Oliveira que produzia alimento, óleo e madeira, foi então que ganhou e assim a cidade levou seu nome, Atenas.
Atena, considerada a deusa virgem, ficou assim durante toda a história, pois pedia para que os deuses não se apaixonassem, pois ela ficaria grávida e teria que largar sua vida de guerras e passar a viver em uma vida doméstica.
Atena também ficou conhecida como Minerva pelo voto de desempate que deu quando julgou Orestes juntamente com o povo de Atenas. Orestes matou a mãe para se vingar da morte do pai. Atena deu o voto de Minerva como é conhecido hoje, e declarou Orestes inocente.
Essa grande deusa era para ser a nova Rainha do Olimpo, mas como era mulher seu pai continuou no trono. Mas Atena foi a deusa da sabedoria, prudência, capacidade de reflexão, poder mental, amante da beleza e da perfeição.

Prece a deusa Atena

 

 Athena peço-lhe por justiça em minha vida, a justiça material e espiritual,
Dai-me forças com tua lança de prata e protegei-me,

Deixa-me repousar a teus pés no Olímpo,
Refresca minha alma dos males do mundo,

Seja minha força, minha guia, luz proveniente de Zeus, a ti peço,
Faz reinar a tua justiça que está acima dos homens,

Faz reinar em mim a certeza da fortaleza que sou,
Onde nada me abala, atinge ou enfraquece,

Forja-me firme tal tua lança e com ela aplaca os males de minha vida,
Atua em mim livremente oh poderosa Deusa e faz-me sentir a segurança de lhe ter a meu lado!

Deusa Bastet

Prece a deusa Bastet:

Salve, Bastet!
Protetora dos lares, da maternidade, das mulheres, da Vida!
Senhora da Alegria, da Dança, da Intuição, da Imortalidade!
Salve, Bast - Deusa felina manifestada há milhares de anos em nossos corações!
Pedimos suas bençãos!
Nos dê a leveza em nossos passos,
A precisão em nossos movimentos,
A capacidade de enxergarmos além das aparências,
A curiosidade para descobrirmos diversão nas coisas simples,
A flexibilidade para superarmos os obstáculos,
A força para compartilharmos amor sem perder a liberdade e a independência!
Assim sempre foi, é e será!

Gratidão profunda!

Por Patrícia Fox


Na mitologia egípcia, Bastet, Bast, Ubasti, Ba-en-Aset ou Ailuros (palavra grega para "gato") é uma divindade solar e deusa da fertilidade, além de protetora das mulheres. Também tinha o poder sobre os eclipses solares. Quando os gregos chegaram no Egito, eles associaram Bastet com Ártemis e ela deixou de ser a deusa do sol para ser a deusa da lua.

A deusa está presente no panteão desde a época da II dinastia. Era representada como uma mulher com cabeça de gato, que tinha na mão o sistro, instrumento musical sagrado. Por vezes, tinha na orelha um grande brinco, bem como um colar e um cesto onde colocava as crias. Podia também ser representada como um simples gato.
Por vezes é confundida como Sekhmet, adquirindo neste caso o aspecto feroz de leoa. Certa vez, Rá ordenou a Sekhmet que castigasse a humanidade por causa de sua desobediência. A deusa, que é representada com cabeça de leoa, executou a tarefa com tamanha fúria que o deus Rá precisou embebedá-la com cerveja, pela semelhança com sangue, para que ela não acabasse exterminando toda a raça humana.
Deusa Bastet

O seu centro de culto estava na cidade de Bubástis, na região oriental do Delta do Nilo. Nos seus templos foram criados gatos que eram considerados como encarnação da deusa e que eram por essa razão tratados da melhor maneira possível. Quando estes animais morriam eram mumificados, sendo enterrados em locais reservados para eles.

Deus Hórus

Na mitologia egípcia, Hórus (ou Heru-sa-Aset, Her'ur, Hrw, Hr ou Hor-Hekenu) é o deus dos céus , muito embora sua concepção tenha ocorrido após a morte de Osíris.
Hórus era filho de Osíris.
Tinha cabeça de falcão e os olhos representavam o Sol e a Lua. Matou Seth, tanto por vingança pela morte do pai, Osíris, como pela disputa do comando do Egito.
Após derrotar Seth, tornou-se o rei dos vivos no Egito. Perdeu um olho lutando com Seth, que foi substituído por um amuleto de serpente, (que os faraós passaram a usar na frente das coroas), o olho de Hórus, (anteriormente chamado de Olho de Rá, que simbolizava o poder real e foi um dos amuletos mais usados no Egito em todas as épocas.
Depois da recuperação, Hórus pôde organizar novos combates que o levaram à vitória decisiva sobre Seth.

O olho que Hórus feriu (o olho esquerdo) é o olho da Lua, o outro é o olho do Sol. Esta é uma explicação dos egípcios para as fases da lua, que seria o olho ferido de Hórus.

Alguns detalhes do personagem foram alterados ou mesclados com outros personagens ao longo das várias dinastias, seitas e religiões egípcias. Por exemplo, quando Heru (Hórus) se funde com Ra O Deus Sol, ele se torna Ra-Horakhty. O olho de Horus egípcio tornou-se um importante símbolo de poder chamado de Wedjat, que além de proporcionar poder afastava o mau-olhado, pois segundo os egípcios os olhos eram os espelhos da alma.



A Concepção de Hórus




De acordo com uma lenda difundida no Antigo Egito, Hórus foi concebido por Isis, quando Osíris, que era seu pai, já estava morto. A lenda sugere que a fecundação ocorreu quando Isis, na forma de um pássaro, pousou sobre a múmia do esposo, que estava deitado em um sofá.

Uma estela datada de 1400 a.C. (hoje guardada no Museu do Louvre), contem este hino sobre o tema:

        Oh benevolente Ísis
        que protegeu o seu irmão Osiris,
        que procurou por ele incansavelmente,
        que atravessou o país enlutada,
        e nunca descansou antes de tê-lo encontrado.

        Ela, que lhe proporcionou sombra com suas asas
        e lhe deu ar com suas penas,
        que se alegrou e levou o seu irmão para casa.

        Ela, que reviveu o que, para o desesperançado, estava morto,
        que recebeu a sua semente e concebeu um herdeiro,
        e que o alimentou na solidão,
        enquanto ninguém sabia quem era...





Prece ao deus Hórus:

ORAÇÃO PARA HÓRUS
Hórus, princípio luz,
reluzentes olhos de falcão,
barco de raios, rio rumo ao sol,
solitário falcão chorando
a morte do pai
mandai aos Nilos de mim
dádivas de Osíris,
faz portal intergaláctico
minha esfinge coração:
nação sem rei, eclíptico vulcão
mumificado.
Hórus, princípio sol,
centro da via láctea,
universo cerebral,
solar, atômico-cerebral
onde jaz atônito
o meu pensar mortal
e eu, com meus olhos de falcão,
já posso ver a solidão me envenenar
como um dia envenenou
o voar falcão de Hórus.


Lucivaldo Ferreira

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Espírito Familiar


Um Familiar é um espírito que escolhe (quase sempre, por vontade própria) acompanhar e guiar um bruxo.
  O Familiar pode ser um espírito desencarnado (neste caso, um parente ou ancestral morto, ou mesmo um espírito desconhecido, mas sempre alguém que entende de magia), um elemental (bakenekos são perfeitos para isso, mas são difíceis de serem controlados), um anjo ou um demônio.
   No caso de um demônio, é só para as bruxas que mexem com as forças das trevas. Elas preferem ter demônios como familiares, já que trabalham com energias sombrias.
Não imagino um anjo ligado à um animal, em especial. Mas, muitas pessoas afirmam que eles podem servir como Familiares. Então, eu não sou ninguém para contestar estas pessoas (embora, eu realmente, não acredite nisso).


Sabrina e seu Familiar Salem

Um familiar seria uma "ponte" que ligaria a bruxa ao plano astral. Ele seria mais ou menos usado como um canal de comunicação entre bruxos e espíritos (um médium, em outros palavras) e, seria suscetível a possessão. Desta forma, acredita-se que um espírito em particular se ligaria aquele animal e em dados momentos, quando houvesse uma necessidade de comunicação entre a bruxa e o espírito, o mesmo possuiria ou persuadiria o animal para que então, houvesse uma comunicação entre ambos.
        Para que houvesse uma maior ligação entre a bruxa e seu familiar, muitas vezes, ela podia dar o seu próprio sangue misturado ao leite ou a água do animal. Então, haveria uma ligação através do sangue entre eles. O que acontecesse de bom ou de ruim à bruxa, seria sentido pelo seu familiar. Portanto, ele seria obrigado a zelar pelo bem estar e pela segurança de sua senhora.
Afinal de contas, o que acontecesse a um, aconteceria ao ao outro, pois suas vidas estavam ligadas. E cá entre nós, me parece um bom negócio ligar à sua vida a de um gato (não dizem que ele tem sete vidas?).
           As bruxas faziam um ritual em especial, onde convidavam um espírito sábio e que entendesse de magia a entrar no corpo de um animal (quase sempre um filhote). Ou então, apenas faziam o ritual e aguardavam até que um Familiar viesse até elas. E não demorava muito tempo, logo, surgia um gato, um sapo ou uma coruja, ou etc, na casa da bruxa. Ela dava as boas vindas ao seu familiar e o tratava como um membro de sua família. Era mais comum que os gatos (pretos ou não) viessem até elas.
       De todos os espíritos familiares o mais popular sempre foi o gato, mas existem outros, como cães, sapos (quem vai ser o excêntrico a ter um sapo de estimação?), corujas, cobras, lagartos e tantos outros. Fica a seu critério, escolher qual bicho combina mais com você. Eu considero gatos e pássaros mais apropriados, pois eles podem se locomover facilmente e agirem como espiões.
     Sempre, tente recompensá-lo de alguma forma pelos seus serviços. Se for um gato, dê leite a ele. Se for um cão, uma carninha mal passada, de vez em quando é bom.
      Animais Familiares podem ser físicos ou espirituais. Quando físicos, eles podem estar sob o disfarce de animal de estimação. Mas diferente dos animais comuns, eles são muito inteligentes. Entendem perfeitamente bem o que seus donos falam e sempre os encaram enquanto estes falam com eles. Se você já conversou por horas com um animal e ele te encarou o tempo todo, como se entendesse cada sílaba do que você diz, sabe bem do que estou falando!
        Quando espirituais, os familiares podem se comunicar telepaticamente (os físicos também podem) ou através de sonhos e visões com o bruxo. Os mais avançados em magia, podem até ver o espírito familiar a seu lado.
   Alguns bruxos moderninhos preferem comprar uma imagem de um animal, consagrar essa imagem em um ritual e convidar um espírito a habitar a mesma. Tem gente que considera esta forma de se trabalhar com seu familiar mais cômoda e segura. Pois, nem todo mundo pode ou tem condições de criar um animal físico. Então, neste caso, uma estátua seria perfeita. Eu já vi imagens bonitinhas de Gatinhos por aí, mas fico na dúvida se compro uma ou não. Acho que seria mais legal ter um gatinho de verdade, para poder pegá-lo no colo e encher ele de mimos!
      Seja como for, um espírito familiar é um bom espírito. Muitas vezes, ele é incompreendido por gente que não entende nada de magia e vê o mal em tudo e em todos. Ele é uma boa alma que só quer ajudar os outros a trilharem o verdadeiro caminho da magia. Ele nos guia, nos aconselha e nos protege. No entanto, ele não tem mais um corpo físico e precisa usar um animal para ficar ao nosso lado e nos proteger sempre.
       O familiar cuida com muito carinho do animal ao qual está ligado e, de maneira alguma, permite que alguém maltrate o bichinho.
       E como eu disse antes, se você tiver a sorte de ter encontrado um animal (ou seja, não ter comprado ele num pet shop) , ele pode ser naturalmente um familiar. E, nesse caso, ele seria mágico (como um bakeneko) e poderia assumir a forma humana, quando quisesse.


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